Quando a vejo, aparenta-me ser uma mulher, um tanto quanto louca: sem
papas na língua, sem medo de falar aquilo que um macho precisa ouvir, para saciar e despoletar os
desejos que a sociedade tanto recrimina...
Analisando
atentamente, sinto-me parte desta doce loucura - assim como tu - é das mais
desejáveis, haja em vista que nos revela
aquilo que realmente somos e nos queima a alma e sentidos: não somos falhos e muito menos perfeitos, somos matéria e ainda não
atingimos o espírito...
Somos todos
loucos e com um filtro que nos amarra, mas desejosos de uivar na montanha,
como lobos querendo acasalar...
Desgrenhados e destemidos.
Arraigados.
Mas não quero isto, quero o podre da alma.
§
Mas teu tesão morreu, Sapato?
Porra, anda folgado da braguilha. J!
Já não entesa na letra.
Já não envenena.
Já no teu quarto.
Bala 38, não entra.
A 37, vai lhe fazer uma ponte safena.
Ele, bate como martelo.
Não se nega, à Nega
Que de pantera, vem pelas beiras.
A Mineira, nem se quer pode ouvir.
Nem ver, nem sentir...
O apetrecho do vergalhão,
que tal como sino,
em dias de morte,
que tal como sino,
em dias de morte,
Cala toda a nação.
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