Belice Negra

Ode Anacreontica

"Aventuras de uma Rosa" | Por J. V. P. Maldonado

Linda rosa,flor de Vênus,
Por ti attrahidos
Favonios ligeiros
Vir-te-ão prazenterios,
Submissos Buscar:

Porém não;teu fado he outro,
Te competem bens maiores:
Rainha das flores
De Nize has-de ser;
Eximio prazer
Irás desfrutar.

Ou bem a fronte lhe adornes,
Ou bem lhe pouses no seio;
Em magico enleio,
Do throno esquecida,
Entrando em mais lida,
Ver-te-ão exultar.

Na fronte!.. He lá que se crião
Os fructos do Engenho ardente,
Fecundo,veemente,
Risonho,brilhante,
Que marcha triunfante,
Sem nunca parar.

No seio!..Alli se agasalhão
Elevados sentimentos,
Briosos alentos
Credores do setro,
Que a prosa,que o metro
Mal podem louvar!

Indo ter á fronte airosa,
Lá tens muito e que entender;
Lá pódes saber
Se ternos cuidados
Em mim empregados
Estão sem cessar.
Indo ter ao seio undoso,
Mór vigilancia precisas:
Ah!vê de divisas
No doce calor
Aquelle,que amor
Só póde atear.

Vê bem se a mão delicada,
pegando em ti,estremece:
Quem não reconhece
No abalo convulso
O sôfrego impulso,
Que faz delirar!

Repara bem nos seus olhos;
são famosos oradores,
receios,amores,
Deleite,tristeza
Com qunta destreza
Costumão pintar!

Que deleitosos momentos
O throno de suprião!
Com tam condição
Por tão doce estado
A quem déra enfado
Um throno deixar?

Vai,pois,Confidente amavel,
Gozar tamanha ventura:
Entanto procuro
saber se o Destino
Suave,ou ferino
Me tem de tratar.

Acha-lo-ei desenhado
Na côr tua,em teu odor:
Pintora do Amor
Copía a verdade:
Com quanta anciadade
Te irei consultar!"

por J. V. P. Maldonado

Lombo para Todas


Para As Que Deram!!!

Luís Fernando Veríssimo

PARA AS QUE DERAM!!!
Ainda bem que eu dei, sem fazer tipo, sem fazer jogo, assim é muito mais gostoso. Tava tudo mesmo pegando fogo. Dei querendo dar. Dei sem enganar.
Dei sem me preocupar. Se amanhã você vai ligar.
Pode sumir, pode espalhar, pode desaparecer, foi mesmo uma delícia dar pra você.
Se quiser de novo, fica a vontade, não tenho medo de saudade.
Dei na maior fé, na paz, foi SIM, e não TALVEZ.
E se você ainda quiser mais pega a senha, entra na fila e espera sua vez.
Ainda bem que eu dei, tudo lindo, tudo zen.
Só uma perguntinha: Foi bom pra você também?  



Para As Que Não Deram!!!

Luís Fernando Veríssimo

PARA AS QUE NÃO DERAM!!!
Ainda bem que eu não dei, ainda bem que não rolou, ainda não foi dessa vez.
Que teu jogo funcionou. Imagina se ontem eu tivesse dado acreditado no seu tipo de apaixonado e hoje você mal falou comigo, mandou um oi meio de amigo.
Como se nada tivesse rolado, imagina se eu tivesse liberado...
Não adiantou seu jeito meloso implorando prá eu ir te ver.
Teatro de primeira, se achando o gostoso, crente que eu ia dar prá você.
E você ia sumir de qualquer jeito, sem motivo e eu ia achar que o problema era comigo.
Que bom que você sumiu antes de se revelar, é ótimo não ficar esperando o telefone tocar.
Agora, você que fique na vontade, nem adianta insistir.
E quando seus amigos perguntarem encara e diz: Não, não comi!
Ainda bem que eu não dei, ainda bem que não rolou
Se situa, meu bem, joga limpo que eu dou. 





Para As Que Deram E Se Arrependeram!!!

Luís Fernando Veríssimo

PARA AS QUE DERAM E SE ARREPENDERAM!!!
QUE MERDA, EU DEI,
que lixo, que desperdício, que triste, que meretrício.
Que sóio, que papelão, que merda, que situação...
O que parecia ser tão bom foi sem cor, sem gosto, sem som.
Quero esquecer que aconteceu, não, acho que não era eu.
Não sei como eu fui cair na sua, nesse seu papo de ir ver a lua.
Devia estar a fim de ser enganada, bêbada, carente, triste, surtada.
E você se aproveitou desse momento, fingiu-se de amigo, solidário no sentimento.
Mas no fundo sabia bem o que queria, Como é que eu fui cair nessa baixaria?
Chega, vê se me esquece, desaparece, finge que não me conhece.
Foi ruim, ridículo, sem sal, vazio, patético, foi mal.
Que merda que eu dei, já esqueci, apaguei.
Tchau, querido, tenho mais o que fazer, melhor comer sorvete na frente da TV.      





Gineceu e cravinas

Alfazemas burlescas, óleo de calêndula.
Pingos ternos de gengibre rosa!
Salsas e pétalas de onze horas, roxas.
Pingos tépidos, tépidos almiscarados.
Luz e gotas de orvalhos.

Ápice Da Minha Paixão



Fone

Agarrar-lhe para que não se desmonte.
Dar-lhe com palmas para que não se perca ou desmaie.
Astro e mastro, aste de bandeira!
Intruso em seu topo, florestas densas.

Aço

Jocosas e másculas!
Quando olhamos tal vergado e cego.
Doce vontade de orientar este garboso desejoso de calores e deslizamentos.
Orientar corpo de vida sem olhos mas de intenção grutal.
Maquinés...

Garboso

Torto, encosto quente mimoso.
À beira de pegar fogo.
Não acenda a chama, flameje.
Loucas e em desvarios!
Diante daqueles olhos formigueiros,
ao alcance das mãos, formigas.
Nítida linha de fronteira.
Trovões e alagamentos...

plan(o)alto

Sexta-feira, Março 21, 2008


foto © Bogdan Jarocki
só com a linguagem dos corpos
consigo responder à letra
ao teu silêncio

Fernando Dinis, aqui

des_construído por O'Sanji às 01:21

Azulão






Apego Esquivo

Podemos combinar,
três dias por mês:
vou sair, vem comigo.
Vem dançar comigo,
deleitar e confortar meus pés...

- Sapato, sou Apego Esquivo. Só dou fé de intimidade de amigo.
Noite pouca e calores de sábios,
deixa-te vir nos meus passos,
doce tropeço, doce regato,
bailando e fugindo,
dançando e tangindo.

Almas Entumescidas

Desfalecidas entre pernas tremidas e esculpidas,
formatadas para molhar...
Florescer, sim, almas!
Esfoladoras de prenúncios jocosos em delírios.
Meu ferrolho.
Que não é para todas, nem quisto.
Festas ao som do Flores,
dias que o sol vem beijar oraçõesexultantes.
Dias...

Imbondeiro da luz


(He)Lei(She)a meu bem 15/09/2011 9s fora Abandonofobia Aço Actínico doce Acúmem Acuminar areias Afrikya Ágata gruta agora você sobe as escadas Albugínea Alfa Almadém seco Almas Entumescidas Alumbrado Amazona e Alado Amor infinito Amorici do campo Amorismo Amorismo fantástico Anais Análise Andrea Bocelli Androceu Apego esquivo Ápice da minha paixão Arrebol Arrufos cabulões Artesanato regional Árvore do dinheiro Ary dos Santos As pombas Aspergindo Aula prática AzaLeia Azulão Bahia Baía azul Bajoujo Baralho azul Beatles Belice negra Bisbórricas Björk Bodoque Bogdan Jarocki Bolinho de mandioca Borboleteiro Brasil Brasileirinha Brincadeira Broto de imbaúba Caboledo Cabuenha recabuescrita Café da Manhã Calandulas Caminhos de ferro Campestres Cangandala Caxuxo no anzol Cerimônia do Chá Cheiro de Inverno Chuva na rua Cicioses Cinzeiro do Toke Cirandas colagem Colheita Coloridos Colorindo Cometa profusão Continua a viagem Conversê fiado Convescote Convidando Orly Convites Copos de vinho Coração arqueiro Coração de Sapato Cordel de sede Cosmic wave Cotovia Coutadas Cozido à angolana Crepúsculo Crisálida Crista de galo Cristalinos Curvilíneas Dákilo Defumando Dei-te as costas Desafios Desbravando paisagens auríferas Deuses gotejantes Distrações Do cambwá Dom Capote Dualidade intrusa Dulce Pontes Durão Dúvidas das mulheres É primavera Egocêntricos Ególatra Elfos flutuam em gomos de luz Ema Bovary Ensaio inaugural Ensaios Entradinhas Errata Escola De Minas Espelho de loas Esperando Ulisses Estreitas Estrela decadente Estribeira Exudado Falatório Favos Faz e desfaz Fêmeas Festa no céu Filipe Zau Fios de Michel Fios lúcidos Flor do Campo para Orly Flores e flores Folículos de ovas reluzentes Fone Formiguinha atómica foto © fotografia fotografia.H.M.S fotografia.H.M.S. Fotografias Foz afluente Foz Douro Frango à passarinho Fronteira Fumeiro Fuxico Gangorra Garboso Gineceu e cravinas Gingonça giz Gotas de orvalho Graças a Deusex Grafite Gralha Granada Grande hotel Grande fraqueza guache Guache lavado Guerra dos anjos Gustave Flaubert Homem Bomba d'Ar Homem Parnaso I Love You Imbaúba Imbondeiro da luz Início da viagem de Maria Fumaça Inspirações Interregno Inverno J. V. P. Maldonado. Janela do vagão panorâmico Jantar em Leça Jarê Jogos José Carlos Ary Dos Santos Kalandulisses Kibiona Kyta LAC Lago Laranjada Laurie Anderson Lebre Lenda linda Les champs délicieux Light blue Lino Damião Livro Lombo para todas Luís Fernando Veríssimo Luz Ouro Preto M'boa dó M'pty Head band Madó Lena Madonna mia Madressilva Madrugada calada Mami Man Ray Man Ray et moi Mano a mano Mãos dadas Marinheiro na rede Marrakesh Massalo Maxixes Me regalo Meu aspergir Meus 35 anos Meus teus Milongo ya kissange Minas Gerais.Fotografia H.M.S Mineiras Minha Paris mineira Minhas e tuas Miúcha Molho de Cogumelos Morro bento Mourão Música Angolana Música de Fadas Muxima de Leary Namorosa Nankin Nasce um anjo Nástio Mosquito Nenúfar Neurografia Neurosexual Ninho de Tico Tico Noite N'gola Yetu Noivado O conto do cavaleiro Ó querida selvagem Oceano Ode anacreontica Oitava Olavo Bilac Onésia Original é o poeta Orlando Madó Os "Namoridos" Osmose Ou te comendo Palavras soltas Pangéica frutinha Para as que deram Para as que deram e se arrependeram Para as que não deram Parque de diversões Pau de anjo torto Paulo Araujo Pé de chinelo Pedra do sol Peguete Pensar como um homem Pepitas Pererequeiros Pérolas e gotas Pés no Chão Pestana Petisquinhos Piabas Píndaro pintura Pires plan(o)alto Play it again Sam... Poá Poema Poética Poetisa Pof explosivo Pomba rolinha apaixonada Porrada na moita Portal Oval Porto velho Potranca Praça Tiradentes Pretendente de Ulisses Profana Propósitos Prosas das mãos Prosiletismo Púdico luar Pula cordas Pupila austríaca Querer Querido Rabos de Minas Raimundo Correia Rainha Chiva Raíz quadrada Raízes Ramboiando Rea(r)mamos Rebole com o dedo sobre o meu botão quente Receita de enguias Receita Nova Refazer o fazer Reflexos Ricos "Misturicos" Ritual das 22 Rodeios liláses Rolinhos de salpicão Romance Grego Rosácea Magna Roupas na varanda Ruy Duarte de Carvalho Saltitonas bolhas Salvação Salvação cativa Salvador Sambinha Sapateambando Sapateiro Sapato esmerado Savanarayh Segredos Seguindo a viagem Seixais Semba Sétima Sexta Silêncio Silêncio e bolinhos de sonhos Simbioses Sinapses So-le-tran-do Sol negro Solamente Sonhos Sonhos de Orly Sonhos de Tok3 Supreme Telectu Temática Teu sentido Teus meus Tigresa Tinto maduro Toc toc toc Toke meu Tokes de malabar Toque suave Tornado Capita Trapicolas Trépidas Trigueirinha Trincadeira Trono Tu enrolas-me eu enrolo-te… Ubíquo Ulisses entre a Luz e a Candeia... Uma Vaca Flatterzunge Universo secreto Uruuetê meu Veias Verão na alma Verbos Via láctea Vibra dor Vídeo Vila Garcia Vítor Rua Viva a primavera no Brasil Voyeurismo Vuvuzelas Welwitschia mirabilis xilo Zombeteiros ಒಎಸಿಅಸ್ Matinais

Toka

'

'

Continua Virgem