Poética

Quero misturar um som de beijo
com o sentido do sentimento do amor.

Quero calcular o peso de um desejo
com o sofrido desprendimento da dor.

Quero eternizar neste trecho
a guerra colorida que é "poetiamar".

Miúcha

Caracóis tímidos em olhos castanhos.
Horas para monogode em que meu ode
redobra como um pagode.
Bico doce de alma gritante.
Lábia desleixada de sorriso sibilante.
Meu tino embebedou-se.

Namorosa

Saudades dos teus chamegos verbais.
Recomendo-me...
Um caminho é assim, indo, vindo, fondo.
Vou fondo, endo, catando pelas beirinhas.
Como raposa salta-pocinhas.
Hora de pé por pé na calada da matina.
Beijinhos fogueteiros de saia curta e meias fininhas...

Trépidas

Arrastão de panos e pernas,
com fundo de caprichosos
e Bumbas meu Boi.
Guerrilha de tupiniquíns.
Forasteiros de setenta e seis.
Quem ataca o alvo úmido?
Quem escorre entre salivas e dedos?
Segredos...

Solamente

Busco um gesto, um sinal de luz.
Meu poeta foi bailar e alegrar almas.
Quero fazer uma frase bonita
para alegrar estes teus olhos.
Ele baila entre as beldades da estação.
Quero um verso que lhe faça sorrir.
Ele tem alma universal e azulada.
Toca músicas para florescer espíritos.

Silêncio

Às vezes com os pingos da chuva
eu fico molhando por nós dois...
Eu fico aquilo molhando acordada,
juntando um pingo, dois pingos e depois...
Por que você não é esta chuva?
"Por que você não cola em mim"
Estou me sentindo muito sozinha.
Quando a gente molha e prova o sabor da chuva.
Vejo que me engana e me ama por fora.
Ou você me ama ou não está seguro.
Chove dentro de mim e a chuva chora.
Lá vem o mano... te amo.

Flores e Flores

No meu cercado...
Nos meus quintais e vilarejos.
Nos meus olhares e nos meus cabelos.
Está definido a partir de agora!!!
Declaro-te guerra infinita do meu amor.
Tu serás para sempre flores, todas as pétalas.
Todos os cheiros e cores.
Poeta lírico e vaidoso serei.
Meus olhares sequiosos em todos teus jardins.
Floresce em mim!

Querer

Abraçar-me a uma árvore?!
Diga-me isto quantas vezes
necessário for.
Amor meu, abrace uma árvore!
Mas fale isto quando
e somente quando,
estivermos abraçados.
Sinta-nos...

Ubíquo

Um ponto com teu toque em conto.
Uma nota que foca nossa anedota.
Dois pontos uniformes, nosso encontro.
Um plan(o)alto.
Um ponto.
..."Eus"...

Uiruuetê meu

Livre e de modos aprazíveis.
Um ser de talentos natos no
paca paca dócil.
Amável cortesia entre olhar
de pernas cruzadas.
Súbtil e ostentador, abriu a porta.
Elegantes gestos,
olhares no alvo peito.

Madonna Mia

Afirmações indestemíveis!
Aprisionar Deus?
Fazer do sol propriedade estatal?
Triste por viver ilusão de amor?
.....Inconcebível.....
Aprendi a amar minha dor.
.....Incompartilhável....
Aquela dor que ninguém sente por ti.

Vuvuzelas

Meu nome passa por entre galhos
do pingo de ouro.
No segundo ouvi meu nome mais alto.
Voz diferente e insegura.
Minha cerveja já tonta de mim,
também sorriu...
Cores alegres e músicas afro.
É o momento você pode vencer!
Na minha porta parou e abriu-se.
Placebo sou em horas de copa.

Copos de Vinho


Eu sei como é intrusa e rasteira esta dor de além
alma.
Um copo cheio de bom vinho, uns atrás dos outros.

E olhas um copo de vinho e tu alí...
Por dentro pedes socorro aos trovões e relâmpagos de trovoada,
tudo enfim.
Mais.
Que mesmo à tua frente apareça a causa do dano,
enfim apareça alí,
com o outro copo, a sorrir.
+ + +
E deixas lá na mesa o copo sozinho,
no fundo um pouco de vinho para os anjos,
como costumava ouvir.
Ou doce de mel no fundo para quem não perdeu a capacidade de amar.
+ + +
Olhos no fundo do copo...
No fundo da alma um grito de um coro que fica em solfejo...
Solbeija tuas dores, a dizer que o melhor é seguir e sorrir.
+ + +
O copo fica lá no fundo do canto de um lugar qualquer,
quer seja um homem ou uma mulher.

A mente repetindo sempre, um brinde ao nosso amor...
- um brinde ao nosso amor...
- um brinde ao nosso amor...
Um brinde ao nosso amor!
As flores que te enviei foi mesmo boleia em homenagem ao dia dos namorados.

Mano a Mano

Vem...
Silenciosamente com
manso passo.
Pisa-me e destrói
todo o ardor.

Esfolando teus desejos!
Vem!
Água da fonte, do mar sou monte...
Beijo teus pés e acaricío teu amor.

Inverno

Quero queros a cantar.
Narcejos na escuridão.
Lua cheia de fogueira,
toca meu violão.
Maio, Junho, Julho.
Neste frio aqueço-me
em tua canção.

Muxima de Leary






Azulão




Pés no Chão

Desisto ou deleito-me em ti!
Sopro-te minha dispersão marital em anúncio.
Abrenúncio!
Infiltra-me tua imaginação acesa!

Cotovia

Refresco minhas asas coloridas
nos pires dos teus olhos.
Penugens frescas e fidalgas em
coração empoleirado.
Canto com gosto, felicitando teus
tímpanos...

Fios de Michel

Barata, a velha marida do cigano astro,
pinha bruta violada pelo cristal que a morde no peito mineral...
Quão estranho padecer da sua inquietude...
Moves-te que nem um jacto!!!
Sem maestro que pilota,
nem loira perdida e sem virtude:
- buscas de isqueiros em pedra.
Que eu abraço, rasgando e despindo um sutiã,
e ela leva-me mais além do pasto:
- perco-me no meio do milharal:
- deixo perder-me no meio do desigual.

Os "Namoridos"

Sou em ti cores de verão.
Primavera que redobra dentro do
luar de São João.
Fala o galo na madrugada.
Sou o "Bico de Veludo!
Entardecer é minha gaiola.
Suaves de asas, pio de azulão

Poema

O inalcansável e o lírico
vertem da tua alma.
Esse teu ponto entre espaços e,,,
Poesia namorando edilidades e acertos.
Grafando nos ponteiros matinais.

Ricos "Misturicos"

Temos uma casa de ir em frente.
Se me aparece um anjo, perplexo bailo.
Delírios em letras que se melam, melão!
Doida! Estou sempre sorrindo!
Minha vida é esta, sorrir.
Zangar-me é patético.
Eu sou um perigo em ousadia.
Profusão...

Ritual das 22

Carícias longas para o espelho,
pele perfumada com verbena e lima.
Chá com flores da época e mel,
o vinho já se fez ao corpo suave e sedento.
No leve deixa-te ir...
Corpo e toques como folha e vento!

Pupila Austríaca

Sábado de entrada e chuva fina.
Forró com bico de alemão,
arrasta pé no Catête, mão na cintura.
Olhar na boca, toca o sanfoneiro.
Sapato matreiro em festa de padroeiro.
Frio com gode roçando pescoço.
Dança-se como pode.

Campestres

Galhos, gabirobas no chão,
doces e levemente amargas...
Meu beijo ainda mais doce,
nos teus olhos, na tua mão.
Tardes raras!
Tardes caras!
Voa puma, pluma trôpega.
Caras tardes, tardias, tardias.
Em meu fogo, afago em afã, de teu fã.
Crepito entre folhas amassadas por pés afoitos.
Gabirobas e beijos, mais beijos!
Afã de ti, de mim, o teu, o meu.
Em todas de uma colher!

M'pty Head Band | AO Other


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M'pty Head

Baía Azul

Amanhecer...
Café completo em banho de mar.
Orla em névoa suave, peixes curiosos
entre minhas pernas.
Despida para lavar e amar!
Todo este mundo de pedaço de mar, só meu.
Aqui ficam todos os meus desejos.
Multiplicados em gotas.
Meu corpo flutua como barco e marinheiro.

Vila Garcia

Cinzentas areias mediterrânicas,
cenários de viola e violeiro.
Praças com charretes surreais,
cavalo, cavaleiro.
Saias rodadas cortejando castanholas.
Meu coração cordas em teus dedos.
Nosso desejo corda e violão.

Abandonofobia

Está um frio por aqui,
merecedor de um quentão!
Quente é o nosso coração!
Coração terra de guerrinhas do Maquis.

Nossa guerra é terna,
perene em te ser colado.
Meia de guerra, sapato de paz, sim.
Guerra kiteta, muxarico de camarão.
Não quero para mim tua noite sem fim.
Roça perna emperna, desperta leia em rebuçado.

Abandonofobia,
Kongo e companhia em ritmo e serventia.
Teus passos aos saltos em festa rija,
amassos sem cura quero briga toda a vida:
faço o contrário do que devia.
Não quero para mim tua noite com fim.
Mão dada eterna, esperta ceia em lábio alado.

No arrasta pé da nossa fantasia,
um pagode com homem de monogode.
Um bi que pode, outro que foge.
Arrasta noite misturada com o dia.
Maculêlê de ódio oxigenado,
por terêrê pote de alegria.

(He)Lei(She)a meu bem 15/09/2011 9s fora Abandonofobia Aço Actínico doce Acúmem Acuminar areias Afrikya Ágata gruta agora você sobe as escadas Albugínea Alfa Almadém seco Almas Entumescidas Alumbrado Amazona e Alado Amor infinito Amorici do campo Amorismo Amorismo fantástico Anais Análise Andrea Bocelli Androceu Apego esquivo Ápice da minha paixão Arrebol Arrufos cabulões Artesanato regional Árvore do dinheiro Ary dos Santos As pombas Aspergindo Aula prática AzaLeia Azulão Bahia Baía azul Bajoujo Baralho azul Beatles Belice negra Bisbórricas Björk Bodoque Bogdan Jarocki Bolinho de mandioca Borboleteiro Brasil Brasileirinha Brincadeira Broto de imbaúba Caboledo Cabuenha recabuescrita Café da Manhã Calandulas Caminhos de ferro Campestres Cangandala Caxuxo no anzol Cerimônia do Chá Cheiro de Inverno Chuva na rua Cicioses Cinzeiro do Toke Cirandas colagem Colheita Coloridos Colorindo Cometa profusão Continua a viagem Conversê fiado Convescote Convidando Orly Convites Copos de vinho Coração arqueiro Coração de Sapato Cordel de sede Cosmic wave Cotovia Coutadas Cozido à angolana Crepúsculo Crisálida Crista de galo Cristalinos Curvilíneas Dákilo Defumando Dei-te as costas Desafios Desbravando paisagens auríferas Deuses gotejantes Distrações Do cambwá Dom Capote Dualidade intrusa Dulce Pontes Durão Dúvidas das mulheres É primavera Egocêntricos Ególatra Elfos flutuam em gomos de luz Ema Bovary Ensaio inaugural Ensaios Entradinhas Errata Escola De Minas Espelho de loas Esperando Ulisses Estreitas Estrela decadente Estribeira Exudado Falatório Favos Faz e desfaz Fêmeas Festa no céu Filipe Zau Fios de Michel Fios lúcidos Flor do Campo para Orly Flores e flores Folículos de ovas reluzentes Fone Formiguinha atómica foto © fotografia fotografia.H.M.S fotografia.H.M.S. Fotografias Foz afluente Foz Douro Frango à passarinho Fronteira Fumeiro Fuxico Gangorra Garboso Gineceu e cravinas Gingonça giz Gotas de orvalho Graças a Deusex Grafite Gralha Granada Grande hotel Grande fraqueza guache Guache lavado Guerra dos anjos Gustave Flaubert Homem Bomba d'Ar Homem Parnaso I Love You Imbaúba Imbondeiro da luz Início da viagem de Maria Fumaça Inspirações Interregno Inverno J. V. P. Maldonado. Janela do vagão panorâmico Jantar em Leça Jarê Jogos José Carlos Ary Dos Santos Kalandulisses Kibiona Kyta LAC Lago Laranjada Laurie Anderson Lebre Lenda linda Les champs délicieux Light blue Lino Damião Livro Lombo para todas Luís Fernando Veríssimo Luz Ouro Preto M'boa dó M'pty Head band Madó Lena Madonna mia Madressilva Madrugada calada Mami Man Ray Man Ray et moi Mano a mano Mãos dadas Marinheiro na rede Marrakesh Massalo Maxixes Me regalo Meu aspergir Meus 35 anos Meus teus Milongo ya kissange Minas Gerais.Fotografia H.M.S Mineiras Minha Paris mineira Minhas e tuas Miúcha Molho de Cogumelos Morro bento Mourão Música Angolana Música de Fadas Muxima de Leary Namorosa Nankin Nasce um anjo Nástio Mosquito Nenúfar Neurografia Neurosexual Ninho de Tico Tico Noite N'gola Yetu Noivado O conto do cavaleiro Ó querida selvagem Oceano Ode anacreontica Oitava Olavo Bilac Onésia Original é o poeta Orlando Madó Os "Namoridos" Osmose Ou te comendo Palavras soltas Pangéica frutinha Para as que deram Para as que deram e se arrependeram Para as que não deram Parque de diversões Pau de anjo torto Paulo Araujo Pé de chinelo Pedra do sol Peguete Pensar como um homem Pepitas Pererequeiros Pérolas e gotas Pés no Chão Pestana Petisquinhos Piabas Píndaro pintura Pires plan(o)alto Play it again Sam... Poá Poema Poética Poetisa Pof explosivo Pomba rolinha apaixonada Porrada na moita Portal Oval Porto velho Potranca Praça Tiradentes Pretendente de Ulisses Profana Propósitos Prosas das mãos Prosiletismo Púdico luar Pula cordas Pupila austríaca Querer Querido Rabos de Minas Raimundo Correia Rainha Chiva Raíz quadrada Raízes Ramboiando Rea(r)mamos Rebole com o dedo sobre o meu botão quente Receita de enguias Receita Nova Refazer o fazer Reflexos Ricos "Misturicos" Ritual das 22 Rodeios liláses Rolinhos de salpicão Romance Grego Rosácea Magna Roupas na varanda Ruy Duarte de Carvalho Saltitonas bolhas Salvação Salvação cativa Salvador Sambinha Sapateambando Sapateiro Sapato esmerado Savanarayh Segredos Seguindo a viagem Seixais Semba Sétima Sexta Silêncio Silêncio e bolinhos de sonhos Simbioses Sinapses So-le-tran-do Sol negro Solamente Sonhos Sonhos de Orly Sonhos de Tok3 Supreme Telectu Temática Teu sentido Teus meus Tigresa Tinto maduro Toc toc toc Toke meu Tokes de malabar Toque suave Tornado Capita Trapicolas Trépidas Trigueirinha Trincadeira Trono Tu enrolas-me eu enrolo-te… Ubíquo Ulisses entre a Luz e a Candeia... Uma Vaca Flatterzunge Universo secreto Uruuetê meu Veias Verão na alma Verbos Via láctea Vibra dor Vídeo Vila Garcia Vítor Rua Viva a primavera no Brasil Voyeurismo Vuvuzelas Welwitschia mirabilis xilo Zombeteiros ಒಎಸಿಅಸ್ Matinais

Toka

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Continua Virgem